A historia começa mais ou menos assim, havia um profeta que se achava ser de Deus de nome Balaão (do
hebraico – devorador), conhecido por ter o dom de amaldiçoar, é solicitado por outro
que se achava ser nobre (rei) de nome Balaque (do hebraico – devastador), este conhecido
por ser o assolador do povo, se sente constrangido porque um povo acampara-se de fronte
do seu palácio real, o povo tinha fome e sede, um povo que estava desgastado, pois
vinham de uma longa jornada no deserto.
Balaque se sentindo ameaçado, não que estes lhe
trouxessem algum tipo de ameaça mortal, mas sim pelo fato de estarem sujos, de
estarem com fome e sede, pois eram numerosos, e já vinham com uma fama de
gafanhotos do deserto, Balaque então manda mensageiros a ir de encontro ao
suposto profeta que se dizia ser de Deus dizendo; Eis que um povo saiu do Egito; eis que
cobre a face da terra, e está parado defronte de mim. Vem, pois, agora, rogo-te, amaldiçoa-me este povo, pois mais
poderoso é do que eu; talvez o poderei ferir e lançar fora da terra; porque eu
sei que, a quem tu abençoares será abençoado, e a quem tu amaldiçoares será
amaldiçoado.
Balaque
então envia mensageiros a Balaão com o preço da macumba, valor dos encantamentos
em suas mãos, pois tudo na vida tem um preço, nada é de graça, a não ser a graça, quando estes chegam ao suposto
profeta e lhe falam o que o suposto rei lhes havia dito, este, o suposto
profeta com o peito estufado e com a boca cheia diz; que vai consultar a Deus, agora pensa
num homem de oração, era este, orava o tempo todo e todo o tempo.
Os
enviados do rei se encheram de esperança, pois o suposto profeta lhes havia pedido para
passarem a noite ali, que ele iria consultar a Deus, para ver se Deus aprovava
a sua missão de amaldiçoador de pessoas.
Antes
que este se achegasse a Deus, Deus se antecipa e lhe pergunta; Quem são estes homens que estão contigo?
Balaão responde; são tuto bona gente; Vieram mandados por
Balaque, o Senhor conhece a Balaque? Aliás, quem
não o conhece, um homem nobre, tão popular, homem bom, quer que EU amaldiçoe um
povo que saiu do Egito (cativeiro), um povo que esta mendigando de frente a sua
realeza, pensa num povo desprezível, pensa num povo capenga, posso
amaldiçoa-los, a vai deixa, deixa só uma vez, deixa, deixa, deixa, diz que
deixa EU amaldiçoar a este povo que é a cara da riqueza, deixa? Palavras do Kiko da turma do Chaves...
Então disse Deus a Balaão:
Não irás com eles, nem amaldiçoarás a este povo, porquanto é bendito.
Pensa num
cara frustrado, pensa num cara que não esperava receber de Deus um NÃO... Vai
então aos cupinchas do rei e diz; Ide à vossa terra, porque o SENHOR recusa deixar-me ir
convosco.
Estes os paus mandados do rei retornam com a má noticia, de
que Balaão não estava com eles, o rei não contente manda outros, mais nobres e
importantes do que aqueles, para ver se convencem a Balaão a ir ter com o nobre
rei, e estes mais ousados não foram pedir para que Balaão fosse com eles e sim
ordenar, dizendo; Rogo-te que não te
demores em vir a mim.
Que coisa importante, como é bom ser reconhecido,
como é bom se sentir importante, como é bom cantar; ESSE CARA SOU EU...
Balaque não se contentava com um não, este
então diz você não irá se arrepender, pois comigo você só tem a ganhar; Porque grandemente te honrarei, e farei tudo o que me
disseres; vem, pois, rogo-te, amaldiçoa-me este povo.
Balaão convencido
de que, Deus não permitia que este fosse a Balaque disse; Ainda que Balaque me
desse a sua casa cheia de prata e de ouro, eu não poderia ir além da ordem do
SENHOR meu Deus, para fazer coisa pequena ou grande;
É isso ai Balaão, é assim que se fala, dinheiro não é a
coisa mais importante na vida de um homem de Deus, o dinheiro pode comprar tudo, só não pode comprar a nossa fé, mas agora pena que isto na sua vida é
apenas teoria e não prática, como também na vida de uma boa parte que se dizem
ser de Deus e não o são.
E como
havia dito: disse Balaão aos nobres mais importantes do rei; Agora, pois, rogo-vos que também aqui
fiqueis esta noite, para que eu saiba o que mais o SENHOR me dirá.
Tem um
ditado que diz que desculpa de aleijado é muleta e de bêbado é valeta, e de
quem se diz ser de Deus é vamos orar para ver o que Deus diz... Quando na verdade Deus não quer dizer nada...
E Deus
disse; Se aqueles homens te vieram
chamar, levanta-te, vai com eles; todavia, farás o que eu te disser.
Pensa num cara faceiro, ao contrario da primeira vez, que Deus disse não, agora era um cara que se
achava o cara, num cara que se achava ser de Deus o que estava prestes a fazer,
com uma condição, pronto a obedecer a tudo o que Deus lhe ordenasse, e de
quebra ainda iria ganhar muitos mimos do nobre rei, ligeiramente se levantou assoviando
e albardou a sua jumenta, aquela tapada, aquela teimosa, aquela empacada, este, na voz de Roberto
Carlos cantava; Esse cara sou eu...
O suposto profeta de
Deus, prestes a distribuir profetas por todo o reino, montado em sua jumenta de
nome teimosa, acompanhado de dois de seus nobres servos, um a sua direita e outro a
sua esquerda, se sentindo importante por estar entre os seus súditos, ciente de
que Deus o havia permitido a amaldiçoar aquele povinho de cara suja, sai num
trote de quem estava prestes a fazer algo extraordinário, quem poderia o deter já
que o suposto profeta havia consultado a Deus, e achava que Deus o havia
permitido a fazer tudo o que queria, pois se achava o tal, escolhido, separado
e ungido, por Deus para tal missão.
A jumenta, de nome
teimosa, que por ser um animal irracional, por não consultar a Deus como o
suposto profeta, por não poder ter o direito de se expressar porque quem domina
é o homem, vê, isso mesmo enxerga um anjo com uma espada na mão, tamanho é a
cara de espanto da coitada da teimosa, a jumenta, pensou ali com os seus
cascos, vixi; vou morrer; o que lhe resta senão se desviar do seu caminho, a
estrada, e subir o barranco rumo ao campo, pois o anjo do Senhor estava no meio
da estrada armada com uma espada flamejante, o suposto profeta então vendo, não
o anjo, pois esta visão seria muito para ele, embora fosse um homem vi$ionario,
estranhou a atitude da teimosa e começou a lhe espancar, para fazer-lhe voltar
para o caminho.
O anjo do Senhor
insistente começou a perseguir os passos da teimosa e se colocou novamente em
sua frente, fazendo com que ela estivesse num beco sem saída, restou então à
teimosa, cabisbaixa, se encostar a parede de medo de ser decapitada pelo anjo
do Senhor, e numa desta espreme a pata, aliás, o pé do suposto profeta de Deus,
este indignado de ter o seu caso raspado tornou a espanca-la, fazendo com que
mesmo debaixo de pancada seguisse o seu caminho, e novamente o anjo do Senhor
se coloca a frente da teimosa, o negocio já estava ficando critico, se este não
fosse o anjo do Senhor e fosse qualquer outro anjo seria o tal do anjo xarope.
Só que realmente agora,
teimosa estava num beco sem saída, não tinha como se virar, não tinha como
retornar, e ali bem na sua frente estava novamente o anjo com a sua espada
flamejante, prestes a passar a espada em quer que fosse, creio eu que não seria
na teimosa e sim em Balaão, mas como a teimosa não tinha discernimento, restava
a esta se livrar, e livrar o suposto profeta de perder a cabeça, que na
realidade não tinha nada dentro dela, então a teimosa faz o inesperado,
deita-se sobre Balaão, e este cheio de discernimento e ira espanca a teimosa
novamente, fica indignado e desce a lenha na jumenta.
Não suportando os maus tratos
resolveu revindicar os seus direitos, segundo o sindicato das jumentas
desamparadas, esta lhe diz; Que te fiz eu, que me espancaste estas três vezes?
Olha
não é fácil ser descriminado, não é fácil sofrer bullying, não é fácil sofrer
jumentofobia, então restou à teimosa abrir a sua boca e se defender.
Mas o
pior não foi à jumenta falar e sim Balaão responde-la dizendo; Por que zombaste de mim; quem dera tivesse eu uma espada na
mão, porque agora te mataria.
É inacreditável, não a jumenta falar e
sim começar um dialogo entre ambos, como se isto fosse tão simples, como o filme do Sherek, com o
burro falante, mas na verdade então melhor seria morrer nas mãos do anjo que
sabia o que estava fazendo, do que morrer nas mãos do suposto profeta que pensa
que sabe o que estava fazendo, mas na verdade não sabe de nada, muito menos
que os animais não falam, a não ser em casos especiais como este, e ainda o suposto profeta se mostra indignado porque se achava sendo zombado pela coitada da teimosa, mas se ele e não o anjo, ainda bem que era o anjo e não ele, que estava com a espada na mão, porque senão jaz, era uma jumenta.
A teimosa então resolve se justificar; E a jumenta disse a
Balaão: Porventura não sou a tua jumenta, em que cavalgaste desde o tempo em
que me tornei tua até hoje? Acaso tem sido o meu costume fazer assim contigo?
Até parece que você não me conhece disse a jumenta, nunca na
minha vida, desde que fui adquirida por ti, nunca fiz tal coisa; Balaão então
ouvindo o parecer da sua jumenta lhe responde; Não, na verdade você nunca fez
isto comigo, mas então porque você empacou, porque você não me obedeceu, porque
você não quer seguir adiante, pois eu Balaão profeta, tenho uma missão a
cumprir, irei eu amaldiçoar um povo que esta perturbando o rei Balaque, como um
bando de sem terra se acamparam em frente a sua mansão, e tenho que socorrê-lo
antes que este povo venha a invadir o seu jardim, e colher as suas flores, Balaão então da um brado; até-la vista
baby... Sigam-me os bons...
A teimosa então sai de cena, e Deus
entra para fazer um milagre, fazer Balaão enxergar de verdade, porque até então
pensava ele que tudo estava nos conformes, e na mais pura realidade de todas as
verdades não estava.
Então o SENHOR abriu os
olhos a Balaão, e ele viu o anjo do SENHOR, que estava no caminho e a sua
espada desembainhada na mão; pelo que inclinou a cabeça, e prostrou-se sobre a
sua face.
Bom o desfecho desta
historia termina que Balaão acaba não amaldiçoando o povo, porque viu que se
insistisse nisto se daria mal, mas a insistência de Balaque e a falta de
discernimento de Balaão o fizeram perder a credibilidade diante do Senhor, e
isto nos ensina que não devemos ser levados por promessas alheias, por honras
humanas e por recompensas enganosas, mas devemos procurar ouvir a Deus e na
duvida melhor é não fazer nada do que insistir se precipitando no erro e se
dando mal no final de todas as coisas, pois aquilo que Deus falar, terá falado
e aquilo que Deus não permitir não será realizado, pois Deus quer nos abençoar
e jamais nos amaldiçoar, independente de qualquer coisa... Números 22 – 25...
Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para
que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o
confirmaria? Números 23:19
Todas as coisas ao redor das nossas vidas não estão ou acontecem por um caso, creio sim por um proposito, então mais importante do que realizarmos as coisas pensando em nos dar bem ou ser de Deus, é vigiarmos, pensarmos e analisarmos, para que não aconteça aquilo que não queremos e muito menos o que Deus não quer, e para que não venhamos perder o que poderemos ter de mais importante; que é a nossa credibilidade diante de Deus e das pessoas, bom é não fazermos nada...
Se um dia algo incomum, como uma jumenta falar, aceite como um sinal de que nem tudo em sua vida esta certo e nem tudo é para ser feito, pois, mais importante do que fazer algo é poder fazer da melhor maneira, ou seja, da maneira certa, da maneira de Deus... E pode ter certeza de uma coisa, a maneira de Deus é a mais louca de todas as maneiras, é aquilo que aos nossos olhos poderá ser improvável e impossível a acontecer...
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