De médico e louco todo mundo tem um pouco... Um ditado
popular que virou um filme de comédia na década de 80, muito bom por sinal.
Quem na verdade já não deu uma de médico, receitando um
remedinho ou um chazinho para quem estava indisposto, com dor ou até mesmo
doente...
Quem já não se fez de entendido mediante a uma situação
de perigo, quando alguém sofre um acidente, e na hora do atendimento ou até
mesmo na espera de chegar o socorro, ficou ali do lado dando atendimento ao
acidentado, conversando, perguntando, entrevistando, para poder passar às
informações as pessoas responsáveis e treinadas para a situação ocorrida...
Faz parte da nossa natureza humana esta disponibilidade,
no momento em que, qualquer situação ocasionada, esteja próxima as nossas
vidas, alguns reagem de uma maneira diferente, não se envolvem, ou fogem, ou
até mesmo dizem que não conseguem ver tal situação, mas outros automaticamente
se disponibilizam, se prontificam a ajudar independente de qualquer coisa.
Aliás, a doideira faz parte da nossa natureza, muitas
vezes damos uma de doidos varridos e loucos desvairados, e muitas vezes as
pessoas nos intitulam como tal, e por natureza o ser humano gosta deste
codinome, o ser humano se sente bem em ser chamado de doido, para muitos faz
bom pro ego... Hã... Eu sou louco...
Por outro lado quando se discorda de algo, quando se
demonstra uma atitude subversiva, além de rebelde, também se recebe o titulo
honorário de doido, dizem: falou isso, fez aquilo; ficou louco, só pode ter
pirado das idéias...
Bom na verdade o titulo deste post;
COMO
FALAS QUALQUER DOIDO (A)... Não é para vangloriar ou
para homenagear alguém, mas creio que irá servir de um alerta para todos nós,
pois está frase foi retirada de um versículo bíblico, onde vemos um homem
chamado Jó receber as piores noticias da sua vida, no momento em que estava
tudo bem, em questão de horas tudo se tornou um caos, este homem se deparou com
aquela situação; quando as coisas estão ruins, elas podem piorar.
Esta frase foi dita por Jó a sua esposa, está, a sua
esposa, vendo todas estas coisas acontecerem, uma noticia ruim após a outra, e
vendo que Jó não reclamava e nem murmurava, não retrocedia em sua fé perante
Deus, não o culpava pelo que estava acontecendo, então, a sua adjutora e auxiliadora,
indignada com a paciência de seu marido lhe diz: Ainda reténs a tua integridade?
Amaldiçoa a Deus, e morra. Jó 2:9
Vejo que a esposa de Jó não tinha a mesma fé, não tinha a
mesma firmeza e convicção em Deus, e com certeza tomada pelo desespero e dor da
perda de seus filhos, não conseguia ver onde Deus não tinha culpa no que estava
acontecendo, por esta razão disse indignada; Amaldiçoa a Deus, e morra...
Amaldiçoar
seria abominar, aborrecer, odiar, isto era o que a esposa de Jó
queria que ele fizesse para Deus, e depois para ele mesmo, ela queria que ele
morresse.
Pelo que dá a entender tanto Deus como Jó estavam sendo
desprezados pela mulher, ela não estava demonstrando nem um pouco de
consideração e muito menos amor por ambos, pelo contrario estava desejando a maldição
e a morte, vamos levar em consideração o coração de uma mãe, que estava
exprimindo a mais profunda dor da perda de um filho gerado em seu ventre, neste
caso eram dez, sete homens e três mulheres, Jó 1:2; então sendo assim podemos entender que a mulher de Jó falou
sem pensar ou raciocinar direito, estava cega e com o seu coração endurecido em
meio as provações e aflições.
Porém ele lhe disse: Como fala qualquer doida, falas tu;
receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó
com os seus lábios.
Jó 2:10
Jó 2:10
Podemos ver que Jó retruca a sua esposa chamando-a de
doida, e pela sua convicção e fé em seu redentor diz; receberemos o bem de Deus... Jó
estava afirmando que Deus só nos concede o bem.
Mas agora Jó faz uma pergunta a sua esposa; não
receberíamos o mal? Ou seja, e se
Deus permitir, ou até mesmo quiser, que acho algo bem improvável, será que não
poderemos receber o mal? Será que somos intocáveis, ou queremos ser?
O que isto nos ensina? Que podemos ter
dois tipos de atitudes; uma atitude consciente e uma atitude inconsciente, uma
atitude onde podemos ser racionais ou irracionais, podemos ser sábios ou nos
tornar em loucos, tudo irá depender de uma coisa, confiança, e onde ela está? Em
quem ela está?...
Na verdade mesmo muitos dos nossos atos,
acontecem porque foram impensados, porque na real mesmo não estávamos
preparados para tal situação, fomos pegos desprevenidos e de surpresa, na
verdade mesmo a vida não nos manda recado e nem os problemas batem a nossa
porta nos dizendo estou aqui, tudo pode acontecer em frações de segundos, e é
ai que muitos acabam fazendo como a esposa de Jó, acabam colocando
os problemas na frente, e Deus tem que vir seguindo atrás, para reparar os nossos erros.
Entendo a dor de mãe, mas também posso entender a
preocupação de pai, e isto também não significava que ele não tinha sentimentos
pelos seus filhos, pois o texto fala por si próprio, mas neste momento ele
demonstra confiança e segurança, pois se desandasse a sua fé, com certeza tudo
teria sucumbido, e a sua esposa que precisava de um ancoradouro, já que não
tinha tanta confiança em Deus, não iria encontrar um porto seguro.
Prudência é uma atitude que nos torna em sábios, precipitação
é uma atitude que nos torna em loucos.
Por esta razão que acho que mais prudente antes de falar
qualquer coisa bom é pensar, raciocinar, analisar, pois esta foi a maior razão
de Deus nos dar inteligência, agora para quem quer ser considerado como doido
sem ser louco, pode falar o que vier a sua mente, só depois não terá o direito
de reclamar os seus direitos, até podemos falar como qualquer louco mas jamais
viver como tal... Alienados, desvairados, e perdidos... E o pior de tudo poderemos ver a nossa integridade ir por água a baixo...
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