Certa vez em um vilarejo muito pobre, havia uma mulher viúva
que acabara de perder o seu marido, o provedor de sua casa, este tinha algumas
dividas na cidade, os credores vendo que este havia falecido, mandaram dizer a
sua esposa, a viúva, que ela tinha que pagar o que o seu falecido marido os
devia, esta lhes disse não tenho com o que pagar, estes os credores, homens
insensatos, e sem misericórdia lhes disseram, queremos receber o que o seu
falecido marido nos deve, a mulher em desespero não sabia como havia de pagar
tais dividas, temia por sua vida e de seus dois filhos, clamou por misericórdia,
por compaixão, clamou por suplica, mas parece que de nada adiantava, foi então
que o pior aconteceu.
Os credores mandaram um ultimato para a viúva, vendo
estes que esta não tinha condições de quitar a divida, lhes disseram, levaremos
então seus dois filhos para que se tornem nossos servos (escravos), a viúva entrou
num desespero angustiante, pois o que lhe sobrará após a morte de seu marido
senão seus únicos dois filhos.
A quem esta pobre viúva poderia recorrer, visto que se
emprestasse de uma outra pessoa dinheiro para pagar esta divida, ficaria assim
mesmo com uma outra, o que fazer em meio a esta situação angustiante, onde o
que de mais precioso no momento seria seus dois filhos, o que fazer então se
não há uma outra saída.
Resta então clamar, clamar para a fé, pois alias Deus nos
deixou a fé como, não o ultimo escape, mas sim o escape que pode ser a ultima
coisa a fazermos, quando nossas fontes e forças venham a se esgotar.
Havia um homem de Deus, profeta, respeitado por ser usado
e ousado nas mãos de Deus, este homem foi chamado pela viúva que estava em
desespero, que não via uma saída para solucionar o seu problema, e quando o
profeta ouve o clamor desesperador da viúva, lhe faz duas perguntas;
Que te hei de fazer?
A primeira pergunta do profeta era; que
posso fazer a ti, visto que você não tem como pagar esta divida, pois pela aparência
da mulher e sua situação, estava nítido que a situação era complicada.
A segunda pergunta; Dize-me que é o que tens em casa; sempre há uma saída para toda a situação e problema, e às
vezes esta naquilo que menos prezamos, a mulher então lhe responde;
Tua serva não tem nada em casa... II Reis 4:2
A viúva usou de toda a sua sinceridade, pois
pelo que parece nada de valor esta estava se referindo, visto que seu marido
havia morrido e pelo que parece seus utensílios já haviam sido vendidos, pois,
aliás, ela precisava cuidar de seus dois filhos, que da a entender que eram
mancebos.
Às vezes o maior valor não esta nas
coisas que são valorizadas pelos homens, e sim nas que são valorizadas por Deus,
então é ai que a viúva se lembra de que ela ainda tinha uma única coisa, lhe
restava algo que na verdade, aos olhos humanos não teria um valor tão estimável,
e que na verdade não iria fazer muita diferença, pois sendo assim tão pouco não
resolveria o seu problema de imediato, mas era o que lhe restava.
Então a mulher pelo impulso do inesperado
lhe diz; não tenho nada, senão uma
botija de azeite...
O que
é uma botija de azeite diante de uma divida que custariam seus dois filhos como
escravos, mas era o que a viúva ainda tinha, teria de um a cinco litros de azeite aproximadamente, que
sendo vendido, não conseguiria quem sabe pagar os juros da divida.
O profeta de Deus então lhe diz; Vai, pede emprestadas, de
todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, não poucas. II Reis 4:3
Quero então
mudar um pouco o cenário desta historia, quero falar de algo que além da única coisa
que se possa ter em mãos, mesmo algo que não se tenha muito valor, como uma
botija de azeite, pode-se ter algo com um valor ainda menor, quem sabe algo que
esteja até mesmo empoeirado, com teias de aranha no seu interior, algo que por
varias vezes já se foi desprezado, deixado de lado e porque até mesmo não
dispensado, jogado de um lado para o outro, mudado de lugar diversas vezes, e
que achamos que as vezes esta só atrapalhando, algo que achamos que nunca
iremos precisar, jogado num canto ou num porão.
Quero falar
das vasilhas vazias que o profeta pediu para a viúva arrumar, as vazias seriam
vasos de barro, de diversos tipos, aspectos e tamanhos, vasos quem sabe que já foram
usados e agora estão à mercê do descaso, porque aos olhos humanos estão velhos
e desgastados, quem sabe até mesmo trincados (feridos), vasos empoeirados,
deixados de lado, vasos que tiveram o seu momento e foram dispensados, porque alguém
achou que não seriam mais uteis, que não serviriam mais, mas quem dentre os
humanos é tão sábio e onisciente para saber o que tem valor ou não, aquele dito
que o que não serve para mim e para você pode um dia servir para alguém.
E foi o
que realmente aconteceu, quantas casas não havia vasos guardados e até mesmo
esquecidos que só foram lembrados quando alguém os solicitou, no caso da viúva que
estava precisando e que não eram poucas as vasilhas, pois para saldar a sua
divida era preciso armazenar muito azeite.
Uma coisa
me chama a atenção nesta historia e que com certeza nos servirá de alerta, as
coisas mais velhas, as pessoas e até mesmo os vasos (vasilhas) neste caso
sempre são deixados de lado por serem velhos, e por pensarmos que são dispensáveis
por estarem desgastados, acabamos deixando-os de lado, se preocupando sempre em
usarmos o mais novo, e acabamos nos esquecendo de que o que não serve para nós poderá
um dia servir para alguém.
A viúva
saiu pela vizinhança emprestando o maior número de vasilhas possíveis, o que
seus vizinhos tivessem para lhe emprestar, encheu a sua casa de vasilhas e ela
então começou a derramar o azeite conforme o homem de Deus havia falado, seus
filhos lhes traziam vasilhas, umas após as outras, as cheias ela ia colocando
de lado, e seus filhos lhes traziam outras, até a ultima vasilha ser cheia,
quando seu filho lhe disse não ter mais vasilhas o azeite parou.
Interessante,
quando acabou as vasilhas acabou o azeite, o que tinha mais valor, o azeite ou
as vasilhas...
Nenhum,
nem outro, pois os dois dependiam de ambos, o azeite dependia de ser
multiplicado por causa das vasilhas e as vasilhas dependiam de serem ocupadas e
retiradas de suas situações inertes por causa do azeite, pois quanto mais
vasilhas, mais azeite, e quanto mais azeite mais vasilhas, o valor estimável de
algo só se é dado no momento em que precisamos por isso eu digo que;
QUEM
GUARDA O QUE NÃO PRESTA... SEMPRE TEM O QUE PRECISA...
A viúva foi e vendeu o
azeite, e pagou toda a sua dívida; e ela e seus filhos viveram do resto. II Reis 4:7
A viúva
nunca pensou que daquela botija de azeite, ela fosse ficar
milionária, assim
como também as pessoas que guardavam o que não prestava, no caso das vasilhas, nunca
poderiam pensar que seus utensílios serviriam para abençoar alguém, isto nos
ensina a nunca menosprezarmos nada, pois o que para nós pode não ter muito
valor ou até mesmo valor algum, para Deus nada é indispensável, seja como for,
em qualquer situação e ocasião...
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