Filho de peixe, peixinho é...
Tal pai, tal filho...
Igualzinha a sua mãe...
O ser humano de uma forma em geral, independente de ser
homem ou mulher, de ser grande ou pequeno, de ser o que for, tem por natureza
humana e carnal, transferir para outros as suas atitudes, principalmente as
erradas.
É muito comum, as pessoas darem desculpas, ou culparem
até mesmo outras pessoas, verem as atitudes e assemelharem a alguém mais
próximo, não que não existe alguma semelhança, não que as atitudes muitas vezes
não sejam as mesmas, mas o que não se pode fazer é, dizer que tais atos existem
e são efetuados porque este ou aquele praticava ou praticou.
É muito comum quando alguém comete um delito, dizer que;
praticou por causa deste ou daquele, praticou por causa disto ou daquilo, ou
senão alguns dizerem que foi falta de ser educado, foi por falta de vara, ou
foi por causa do pecado dos antepassados, ou foi porque os pais não deram a
devida atenção, ou foi porque; foi.
Uma das coisas mais difíceis para o ser humano é admitir
seus próprios erros, salvo alguém que diga, EU NÃO, mas mesmo assim podendo alguém discordar, quero afirmar que
ninguém é perfeito, todos nós seres humanos, somos cometidos de erros diversos,
não existe alguém que não erra, podemos cometer erros conscientes como também
inconscientes, iguais, semelhantes, aos nossos olhos maiores ou até mesmo
menores, e alias todos pecaram e estão destituídos da gloria de Deus. Romanos 3:23
Certa vez os discípulos de Jesus vendo um homem cego de nascença,
lhe perguntaram; Rabi, quem pecou, este ou os seus pais, para que nascesse cego?
João 9:2
O que os discípulos queriam dizer com esta pergunta? Qual
era a verdadeira intenção de lhe perguntarem? Qual seria o
verdadeiro teor de perguntarem a Jesus, quem pecou?
Vejo que os discípulos lhe fizeram esta pergunta baseado
em algo que eles haviam aprendido, poderia ser através dos costumes familiares,
ou até mesmo por terem ouvido falar de alguém que usou uma passagem bíblica,
como a que esta na Torá, no livro de Deuteronômio
27:11-26, sobre maldição, ou até mesmo em Provérbios 26:2, que nos
diz que a maldição sem causa não encontra pouso.
Querer argumentar algo,
ou até mesmo transferir a culpa para outra pessoa, já escrevi que faz parte da
nossa natureza carnal e humana.
Os discípulos estavam
isentando o homem de seus próprios erros, não que a causa de ser cego fosse o
motivo, mas o fato de eles os discípulos, falarem sobre quem havia pecado, ele
o homem cego, ou os seus pais.
É comum associarmos
pecados com problemas, é comum querermos justificar que; isto ou aquilo acontece
devido a algum pecado cometido, não que os pecados nos isentem das
consequências, jamais, pois todo pecado cometido terá a sua consequência,
querendo nós ou não.
O que não se pode fazer é
querer dizer que isto ou aquilo, que aconteceu é devido ao pecado pessoal ou o
pecado dos outros, neste caso o dos pais, que era o que os discípulos queriam e
estariam afirmando, por isto diziam; quem pecou?
Fazendo um adendo em questão do assunto, QUEM PECOU... É impressionante como o
ser humano tem a sua vida voltada para esta questão de querer, ou até mesmo
saber quem fez isto, quem cometeu, se lhe falarem algo, este, o ser humano quer
saber os detalhes, quer saber como foi, quem começou, o que falou, é
impressionante ver a curiosidade, ou a necessidade de saber dos mais mínimos detalhes,
do que realmente aconteceu.
No caso do homem cego, e quanto à resposta de Jesus aos
seus discípulos, era que, nem ele e muito menos os seus pais havia pecado. João 9:3
Precisamos entender algo muito importante, Deus não nos
colocou no mundo para sermos juízes uns dos outros, mas sim para sermos contribuintes
uns dos outros, para nos ajudarmos, nos auxiliarmos, e jamais para nos
destruirmos.
O interesse em sabermos quem fez ou porque fez algo de
errado, não serve para jogarmos pedras, não serve para condenarmos, não serve
para odiarmos, embora seja claro que dependendo do grau do erro cometido, é inevitável
não sentirmos ódio, é inevitável não querermos vingança e justiça, até mesmo
com as próprias mãos, é inevitável, não cometermos o evitável, e esta regra
vale para ambas as partes, tanto do cúmplice quanto da vitima.
Jesus finalizou esta duvida dizendo o seguinte; Nem ele
pecou, nem seus pais... João 9:3
Mas, se este defeito físico não era fruto do pecado, nem
dele e nem de seus pais, o que era então?
E porque então este homem havia nascido cego?
Vejamos que Jesus joga a responsabilidade em cima dos
seus ombros, pois, alias ele mesmo as tomou sobre si, carregando-as até o Calvário,
e diz; Isto é para que nele se manifestem as obras de Deus. Isaias 53:4 – João 9:3
Jesus queria dizer que Deus era culpado do homem nascer
cego?
Não, Jesus queria dizer que era permissão de Deus, deste
homem nascer cego.
O fato de ele ter nascido cego não era um defeito que
Deus colocou nele, também não era por causa dos seus pecados e dos pecados dos
seus pais, mas pelo que dá a entender seria mais um problema de genética do que
qualquer outra coisa, pois logo em seguida, Jesus cuspiu no chão, e com a saliva
fez lodo, e untou com lodo os olhos do cego. João
9:6
Isto demonstra que os nossos defeitos, sejam físicos,
sejam pessoais, sejam emocionais, ou qualquer outro defeito, de qualquer outra
natureza, Deus esta interessado em nos proporcionar a cura, pois na verdade
fomos criados por ele, e para ele, há quem diga que não, mas se a pessoa entender
esta obra da qual Jesus estaria se referindo, não tem como se desculpar. João 9:4,5
O que aconteceu com este homem que era cego desde que
nasceu?
Ele foi curado, após seus olhos serem untados com lodo
Jesus lhe disse; Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa; Enviado). E
ele foi, lavou-se, e voltou vendo.
Isto nos mostra autoridade da parte de Jesus e obediência
por parte do ex-cego.
Mas será que foi fácil chegar até o tanque de Siloé, será
que o homem não encontrou dificuldades para chegar até o tanque?
Com certeza varias, mas ele estava determinado a receber o
que lhe cabia por direito, pois Deus não colocou e jamais iria levar em
consideração o pecado como fonte principal, o pecado tem a sua parte, mas não
merece levar toda a fama, assim como o mal também tem, mas ambos não podem ser
o ponto principal de tais fatos, seja o que for e como for.
Quando entendermos estes princípios toda e qualquer coisa
servirá para uma única coisa, servirá para que outros em situações semelhantes,
ou quem sabe até mesmo piores, possam saber que existe uma esperança para seus
sofrimentos e dores, eles precisam saber que verdadeiramente existe um Deus
sobre a face de toda a terra, e que nós somos a prova de sua existência.
Portanto quem pecou? Nós, todos nós pecamos...
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