segunda-feira, 29 de março de 2010

EU... ''CRENTE''... RÔBO...


Aproveitando o tema deste filme lançado em 2004, quero explanar aqui um assunto que têm sido presenciado com muita frequência na vida dos crentes (evangélicos... gospel)... 

É do nosso conhecimento que Deus nos criou diferentes uns dos outros, a nossa voz, as nossas digitais, a retina dos nossos olhos, nossa fisionomia, enfim Deus nos criou com qualidades únicas... Podemos ser parecidos, mas jamais iguais... Podemos ser semelhantes, mas não idênticos...

Podemos ser uma diversidade de raças, espalhados pelos quatro cantos da terra (Ezequiel 7:2; Apocalipse 7:1; 20:8), cada qual com a sua própria cultura e costumes, enfim podemos ser diferentes no aspecto, mas não na criação, pois somos todos seres humanos, somos seres cheios de qualidades, aliás, Deus nos criou perfeitos, quando o pecado adentrou em nossas vidas nos deformou e nos separou de Deus, fazendo-nos perder aquilo, que era de maior preciosidade e que Deus nos concedeu, a inocência...

Agora, como nós demonstramos estas qualidades, que em muitas das vezes ficaram sufocadas devido ao pecado que esta encalacrado em nós, qualidades que nos foi concedida por natureza de criação, de que forma temos demonstrado tamanho privilégio em agradecimento ao nosso criador, o que mais tem sido visto através das nossas vidas, as qualidades ou os defeitos?

Evidente que algumas pessoas não conseguirão ver nossas qualidades e outras só verão os nossos defeitos, mas qual será a atitude que mais predominará em nossas vidas a certa ou a errada?

No filme ''EU RÔBO'' as maquinas, seres construídos pelas mãos humanas, construídos com o intuito de auxiliar os humanos em seus afazeres, fazendo assim com que os trabalhos manuais e todos os trabalhos de risco de vida para o homem se tornassem mais cômodo e seguro, estes, os robôs, estavam se desenvolvendo tecnicamente e sendo aperfeiçoados de acordo com a tecnologia que era dispensada para as suas funções...

Estavam progredindo, devido à tecnologia que avançava e os deixavam cada vez mais técnicos e modernos, eram aperfeiçoados gradativamente em suas próprias tecnologias e funções...

Mas e nós seres humanos, como nós estamos?

Progredindo ou regredindo?


Falo deste assunto, pois o que se têm notado, por vários anos dentro das Igrejas, crentes se comportando como se fossem um RÔBO, fazendo sempre as mesmas coisas, até parece que o negocio é mecânico, até parece que as coisas precisam ser feitas em séries, precisa-se mandar, ordenar e muitas vezes obrigar a fazer algo, pois o espírito espontâneo parece que não existe mais, muitos na verdade estão mortos na igreja, e olha que não são pessoas novas convertidas e sim as mais experientes, aquelas que há anos estão sentadas nos mesmos lugares, acostumadas com as mesmas coisas, com os mesmos rituais e dogmas, com as mesmas mensagens repetidas, com os mesmos jeitos e trejeitos.

Um exemplo clássico e arcaico é este: As pessoas chegam para o culto... Sentam no mesmo lugar... Alguns ainda dizem; este lugar é meu... Para ser do individuo, este, deve ter comprado o mesmo...

No momento do louvor não se movem a não ser quando o ministro aperta o botão... Batam palmas... Levantem as mãos... Para a direita e para a esquerda... Sempre as mesmas coisas... Na hora do sermão, o pregador tem que dar a voz de comando e apertar o botão do Glória... Quando não o botão da Aleluia... Ou o botão de Misericórdia... Acaba-se o culto dentre tantas outras coisas que já aconteceram mecanicamente e fiticiamente... E todos vão para as suas casas, "felizes para sempre"...

Mas e daí o que foi que aconteceu... Qual é a atitude transformadora que houve na vida desta pessoa... Será que se agirmos desta forma fictícia, técnica e mecânica alguma coisa terá condições de obter mudanças em nossas vidas?

Será que foi com esta função que recebemos tamanha graça e misericórdia? Creio eu que não... Pois se Deus assim desejasse... ELE mesmo teria em suas mãos um controle remoto... Que com certeza seriamos conduzidos a agir de uma forma mais consciente, dinâmica e inteligente...

Só que Deus deixou e nos concedeu tudo isso e muito mais porque ELE espera que possamos fazer aquilo que sempre desejou... Que possamos DEMONSTRAR por livre e espontânea vontade... O que verdadeiramente sentimos, o que realmente pensamos, e o que somos capazes de fazer... Independente se o que ira acontecer esteja certo ou errado... É claro que Deus quer que façamos sempre o certo, mas também ele mesmo sabe que somos limitados, e que estamos sujeitos a fazer o que é errado...

Vejo que estas coisas, fazer o que é errado, se repetem por uma única razão, porque nos tornamos imitadores uns dos outros... Damos ouvidos a o que os outros falam e fazem... E não expressamos as nossas próprias opiniões e conceitos... Até parece que fomos criados em séries... Não demonstramos os nossos mais sinceros sentimentos por várias razões... Vergonha... Timidez... Preconceitos... Complexos... Preguiça... Para não ofendermos, mas somos ofendidos... Julgamentos... Injúrias... Perseguições... etc...

Agora te pergunto com tudo isso, seja o certo ou o errado você esta progredindo? Tem havido um crescimento em sua vida? Ou melhor, como você esta se sentindo espiritualmente? Alguém poderia me perguntar, mas fazer o errado traz crescimento ou alguma edificação espiritual a alguém?

Eu responderia sim, pois os nossos erros nos ensinam e muito, assim como também os erros dos outros que nos servem de alerta, os erros sejam nossos ou não, nos fazem progredir adiante, pois se errarmos regredimos, nos fazem crescer, pois a cada erro é uma nova experiência que não queremos repetir novamente, assim iremos crescer e não descer, nos edifica porque iremos saber a diferença entre o certo e o errado, o bem e o mal, o que podemos e o que não devemos fazer, seremos edificados nas coisas certas, pois saberemos que as erradas nos derrubarão.

Agora lembre-se de uma coisa, o filme é ficção, a sua vida é realidade, no filme os robôs progrediam para praticar o mal, na realidade progredimos para realizarmos somente o bem...

Seu livre arbítrio lhe garante o direito de fazer o que você quiser, não é porque todo mundo gosta de algo, que você será obrigado também a gostar, não é porque todo mundo aplaude que você também precisa aplaudir, não é porque mandam, que você precisa obedecer, será que o espontâneo é mais difícil, ou será que se não fizermos seremos notados e estamos mais preocupados com o que pensam de nós em vez de fazermos aquilo que realmente queremos e achamos que deve ser feito?

Claro e evidentemente que todos os nossos direitos devem ser feitos baseados nas coisas certas, nas coisas que edificam a nossa vida há vida do próximo, baseado nas coisas que não infringem e nem prejudiquem a ninguém, pois fomos criados para servirmos e sermos exemplos uns para com os outros, nosso maior objetivo nesta terra é nos ajudarmos mutuamente, nos auxiliarmos fraternalmente e nos unirmos literalmente em Espirito, Deus não nos privilegiou com a vida para se aproveitarmos uns dos outros, e nem muito menos para prevalecermos sobre outros.

Não podemos agir como robôs, repetidamente, pois se assim o fizermos anulamos a graça, o amor, a fé e o principal propósito de Deus sobre as nossas vidas, sermos criados pelas suas próprias mãos, feitos sua imagem e semelhança, com o direito de dominarmos sobre todas as coisas da terra, não por imposição e sim por liberdade e livre arbítrio...

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