Identidade
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Quando se fala de identidade muitos associam a um tipo de
documento conhecido como RG – Registro Geral de informações, onde o individuo
tem ali o seu nome completo, nome da mãe, do pai, nacionalidade, data de nascimento
e o número do Registro Geral inscrito nos órgãos competentes.
Quando alguém é abordado por algum tipo de autoridade,
principalmente de cunho militar, este, o que o aborda lhe pede automaticamente,
seus documentos; o abordado retira da sua carteira ou bolso o seu RG, e se
identifica como sendo a tal pessoa abordada.
Pessoas que não possuem tais documentos são averiguadas,
porque na maioria das vezes, estes têm problemas com a justiça e os seus
documentos ficam retidos, até que os seus problemas sejam solucionados, se for
algum crime cometido, o réu terá que responder por um processo junto à vara de
origem seja ela civil ou criminal.
O termo da palavra identidade significa - Qualidade daquilo que é idêntico, espécie de equação
ou de igualdade cujos membros são identicamente os mesmos, ou igualdade que se verifica para todos os valores, conjunto dos
caracteres próprios de uma pessoa, tais como nome, profissão, sexo, impressões
digitais, defeitos físicos etc., o qual é considerado exclusivo dela, e consequentemente,
considerado, quando ela precisa ser reconhecida, consciência que uma pessoa tem
de si mesma.
Bom como podemos observar a palavra
identidade é ampla, e está relacionada à vida de uma pessoa, trazendo a ela ou
a quem possa interessar informações precisas e necessárias, mas existem algumas
coisas neste termo que chamam muito a minha atenção;
Igualdade que se verifica para todos os valores; Isto
significa que todos nós somos iguais, e se verificarmos a fundo mesmo, todos
têm os mesmos valores, ninguém é melhor do que ninguém.
Conjunto dos caracteres próprios de uma pessoa; Conjunto
são as partes que constituem um todo, e que cada pessoa propriamente expõe da
sua forma ou maneira, aquilo que pensa ou aquilo que quer, mas que têm que ter
por objetivo favorecer o conjunto.
Consciência que uma pessoa tem de si mesma; Consciência
é a capacidade do conhecimento moral de cada ser humano, pensar ou expressar
aquilo que se acha ou o que se deve, não está errado, pois se não expressarmos
nossos pensamentos, não poderemos demonstrar nossas próprias idéias, e nossos
conceitos não serão nossos, mas poderá ser de outrem.
É muito comum às pessoas só terem a
identidade documento, e não identidade própria, aquilo que vêm da pessoa, e não
de terceiros, aquilo que ela propriamente expressa e não aquilo que ela copia
de outros.
O modo de falar, de se vestir, de andar
e de se comportar é muito comum de serem imitados, isto já faz parte da
natureza humana, as pessoas copiarem as pessoas, as pessoas estarem na dúvida
do que querem ser e como ser, dúvida se esta bom ou ruim, se esta bem ou mal,
se pode ou não pode, se deve ou se não deve, e por ai afora vão-se as dúvidas,
que fazem com que algumas pessoas não vivam as suas vidas e sim a vida de
outros, e estas coisas passam de gerações a gerações.
Ter uma identidade própria significa
poder optar por coisas que se quer fazer, significa colocar em prática os
próprios conceitos, vontades e desejos, significa poder pensar e tomar decisões
com a própria cabeça, andar com as próprias pernas e construir com as próprias
mãos, não significa ser independente, mas sim uma pessoa de opiniões, práticas
e conceitos próprios.
A identidade como um documento exige
algumas coisas que são próprias de cada pessoa, como: o nome, a profissão, o sexo,
as impressões digitais, os defeitos físicos e etc., o qual é considerado
exclusivo de cada pessoa, e consequentemente, considerado, quando ela precisa
ser reconhecida.
Observemos que é considerado exclusivo
de cada pessoa, ou seja, cada qual tem a sua, e cada qual também é reconhecido
pela sua própria identidade, o que estiver fora disto é considerado como
falsidade ideológica, engano e mentira, considerado como crime, o que na
verdade se torna diferente por causa das leis, mas no quesito cada qual deve
ter a sua própria identidade nos mostra o quão importante é sermos o que
realmente somos, não fraudulando as nossas ideias e opiniões, não mentindo e
nem enganando aos outros e a nós mesmos, pois os maiores prejudicados seremos
nós.
As gerações dos dias de hoje estão
seguindo as identidades que estão na moda, o que o mundo lhes apresenta é o que
alguns seguem, seguem por que acham legal, seguem porque quem não segue é
careta, seguem porque tem uma galera que segue, quando questionados de suas opiniões
e vontades escondem aquilo que pensam e acham, se envergonham porque pensam
diferente, são influenciados por coisas insignificantes, por coisas supérfluas,
estão mais preocupados com o que os outros pensam e pouco se importam com as
suas vidas, ou com o que eles mesmo
pensam ao seu respeito, por isso temos uma geração sem identidade própria, uma
geração que a cada moda é uma coisa, uma geração que vai deixar para a próxima
geração aquilo que sempre teve, dúvidas e identidade própria.
Na era da informática tudo ao nosso redor é em prol da
tecnologia, as pessoas não vivem mais uma vida em contato com a natureza, as
pessoas estão em contato com um mundo virtual, fazem amigos virtuais, se
divertem com entretenimentos virtuais, adquirem conhecimentos virtuais, muitos
vivem uma vida de faz de conta, uma vida virtual, uma vida irreal em um mundo
real, onde as pessoas não vivem uma realidade e sim uma falta de identidade,
pois são movimentados pelas coisas que existem virtualmente, as quais lhes
roubam a maior dádiva que podemos ter, a própria vida.
Se as coisas importantes em nossas vidas, a qual precisamos
ter um contato pessoal, forem substituídas por outras que não nos levam em
corpo presente, precisamos ter cuidado, pois estaremos simplesmente deixando de
viver a vida que nos foi proporcionada por dádiva, e estaremos vivendo uma vida
proporcionada por imposições.
Infelizmente nos dias atuais com tantas informações que
chegam até nós em questões de segundos, com a facilidade que temos em viajar o
mundo via internet, com tanta tecnologia a nosso bel-prazer, ainda assim mesmo
encontramos pessoas sem rumo, sem objetivos, sem perspectivas, pessoas que
conhecem o desconhecido, mas que na realidade não desfrutam pessoalmente
daquilo que podem desfrutar, pois estão aprisionadas em conceitos alheios e não
estão livres por concepções próprias.
Faz-se necessário despertarmos o mais rápido possível, e
utilizarmos o que temos em nosso favor, para que as gerações futuras possam
herdar aquilo que temos de bom, e não o que fazemos de ruim, aquilo que temos a
lhes oferecer como exemplo e não como mandamentos ou imposições, pois podemos
ver que através dos tempos, o ser humano veio se desenvolvendo, alguns não
conseguiram ser o que eram para ser, porque herdaram de seus antepassados os seus
conceitos, não que isto esteja errado, mas muitos destes foram feitos por
imposições, muitos não viveram a vida que desejariam viver e sim viveram a vida
que lhes obrigaram a viver, que não sejamos precursores de cadeias e prisões,
mas sim, sejamos anunciadores de boas novas.
Uma geração sem identidade própria esta sujeita a imitar aqueles
que não têm a própria identidade...
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