quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

A PARÁBOLA DO MAU TELESPECTADOR ...




Havia num reino não muito distante daqui, um que se achava ser o rei da tão almejada mídia da piada sem graça, com o seu microfone dourado o seu maior prazer era realizar um reality show de picuinhas, as pessoas chamadas de calouras (novata em qualquer coisa) que participavam do seu reality, tinham a obrigação de agradar a arena, pois esta se encontrava lotada, se tais calouros não agradassem  ao reino, seriam expostos por seus defeitos e nunca por suas qualidades.

Este rei adorava tirar com a cara das pessoas, alegrava o seu ego expor os calouros diante do seu publico, principalmente gozando das palavras pronunciadas, pela a das quais o suposto rei achava a maior graça e o seu prazer era ficar repetindo a palavra diversas vezes, cada pronuncia tinha um dizer diferente, a arena vinha abaixo com suas piadas sem graça, e o seu objetivo era se aparecer diante do publico que rachavam o bico de tanto rir.

Uma das palavras que o rei falou repetidamente por diversas vezes, se regozijando pela pronuncia era TAPIRAMUTA, evidentemente que da maneira mais errada possível fazendo de conta que não conseguia pronunciar o dito, para que o seu respeitável publico achasse graça com a sua graça,

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Tapiramut%C3%A1),

este, o rei, achou a maior graça e se divertiu em fazer inúmeras piadas que começaram com graça e terminaram sem nenhuma graça, com a exposição de uma pessoa (caloura) que não pediu para ser aplaudida, nem venerada, e sim ser avaliada, não para se tornar em uma celebridade diante dele e de seus bajuladores, e sim para se apresentar demonstrando simplesmente o seu desejo de cantar, alias neste reino quem canta seus males não espanta...

As piadas do rei da corte soavam mais alto, e o publico eufórico se divertia em dar risadas das piadas sem graça do rei, não se contendo em fazer graça sem nenhuma graça sobre a cidade natal da caloura, Tapiramuta, e não se contentando simplesmente em fazer piada com isto, chamou a atenção da caloura, pois a seu modo de ver, sendo um apresentador nato, com muita experiência e já deve ter visto de quase tudo no seu ramo teatral, se referiu a cantora estar cantando com o microfone dentro da boca, sendo esta então reprovada supostamente por não ter agradado o reino da perfeição.

Aparece então um bobo da corte seminu dançando a dança do ventre e sem respeito algum pela caloura se esfrega em seu corpo, que sem nenhuma graça num programa sem graça fica constrangida, este, o rei do reino sem graça, foi então consultar seus cupinchas bajuladores, sobre o que tinham achado de a caloura estar no tom, ou fora do tom.

Se manifestando um que se diz ser gospel do reino sem graça, (http://www.youtube.com/watch?v=U2r_JE57OPke que se acha o cara do tom, ou o cara das caras, este dá o seu veredito, com todo o respeito, sem nenhum respeito, este diz; à querida estava fora do tom, e por esta razão de só poderem ver os defeitos, ele, o gospel do tom teve que virar, pois alias quem não canta no tom, dança com o carinha sarado num sábado a tarde, onde o publico com certeza na maioria são menores de idade, mas isto no reino sem graça com certeza é estar no tom... 

Ai então o rei da parafernália musical, elogia a sua ilustre filha que parece estar mais perdida que cego em tiroteio, e pelo que parece não entende nada de coisa nenhuma, mas como é a filha do rei, a princesa da bola fora, esta se justifica de não estar virado e depois virar, e como se não bastasse a sua falta de ameba na cabeça, faz uma pergunta a seu ilustre pai, o rei, você sabe que tapira, diz a cabeça sem cérebro, significa “anta”, a caloura com uma vontade de enfiar a sua cabeça em um buraco, e quem sabe se perguntando o que estou fazendo eu no meio destes idiotas, faz uma cara de choro, mas se segura porque ainda não é a hora de chorar, vem mais pauladas por ai.

O rei do reino sem graça desvirtua a colocação da palavra de sua princesa sem cabeça sem ameba e sem cérebro, a um segundo do reino, que pelo que parece se acha ser o dono da razão, bate no peito, até parece aquele cara que pendura uma melancia no pescoço para poder aparecer, e suntuosamente o rei o chama de tapira "anta", este fazendo de conta que não entende nada, pois se fizesse de conta que tivesse entendido estaria no olho da rua, da uma disfarçada sem graça.

A situação então piora, pois o jogo de palavras se torna em nada com coisa nenhuma, a caloura então recebe o golpe de misericórdia e solta o choro exprimido no peito, mas a princesa da presepada consegue por um milagre observar que a caloura estava numa situação desconfortável e lhe dirige então a palavra de misericórdia, tadinha está até chorando, porque será... Será que este não seria o objetivo da arena, humilhar, tirar sarro, fazer chocarrices com os calouros que cantam fora do tom... 

Com uma cara de compaixão refreada a princesa sem ameba diz; tadika, e faz aquele olhar de que dó da fumiguinha, o rei então despede a caloura que estará sujeita a nunca mais cantar em publico e assim todos ficaram felizes para sempre, pois alias aparecer em publico é uma coisa e aparecer pro publico é outra bem diferente... 

Coisa esta que o rei e seus cupinchas com certeza almejaram fazer... 

Para terminar o rei se dirige à tapira numero um do seu reino e lhe faz um elogio, onde o seu ego se enche, por ser chamado de anta pelo seu ilustre rei, este diz; que as pessoas precisam se gravar, no caso da caloura ao cantar e a eles já esta gravado, basta agora assistirmos e vermos que a tecnologia colabora muito para mostrar quem esta ou não no tom das coisas, principalmente no tom da vida, que no minimo seria respeitar o próximo, e como a ultima palavra é a de quem manda, no caso do reality do rei do reino sem graça, este diz a sua tapira de estimação; há já falou demais e da um corte em seu súdito, então o rei sai se balançando no tom da musica “este cara sou eu”... Ou quem manda aqui nesta porcaria de programa ainda sou eu... O rei do reino sem graça com o seu microfone dourado... Pois alias alem do seu microfone ser diferente eles também precisam ser, e com certeza são uns ignorantes...

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