Deus
instituiu a lei para ver como agiríamos na graça... Quando lemos; olho por olho
e dente por dente, a nossa interpretação é; fez tem que levar...
Será
que a lei não foi instituída por Deus para que nós manifestássemos a graça?
Jesus Cristo foi crucificado pela lei, pois a lei dizia; maldito todo o que for
pendurado no madeiro... Mas pela graça ressuscitou, e deu vida aos homens...
Na
lei bradavam os religiosos, crucifica-o, crucifica-o, e Jesus pela graça dizia;
Pai perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem...
A
lei foi instituída para por ordem nas coisas, já a graça para ordenar esperança
nas pessoas, na lei são instituídas as coisas determinadas, na graça as coisas
criadas, tanto à lei como a graça são importantes e fundamentais em nossas
vidas, pois se somos julgados pela lei e este juízo for injusto a graça nos
absolve, mas se somos culpados a graça nos convence da culpa, a graça nos faz
reconhecer o erro e a procurar uma mudança de vida, já à lei sem a manifestação
da graça nos faz repetirmos os mesmos erros, a lei não pode mudar a vida de uma
pessoa, mas a graça sim, a lei não muda porque sua função é julgar e condenar,
já a função da graça é constranger e convencer, levar o homem ao mais genuíno
arrependimento e a conversão.
Deus
institui a lei aos homens desde o inicio da criação e a queda do homem, e em
sua queda, manifestou a lei baseada na sua graça, pois, acreditava Deus que
ainda havia uma esperança na vida do homem mau, a lei serviria como uma forma
de punição devido aos erros dos homens, já a graça seria a manifestação da sua
misericórdia na vida dos homens, demonstrando a estes o seu infinito amor
através da sua infinita misericórdia.
Os
homens maus não obedecem à lei e não reconhecem a graça, dizem os homens conhecer
as leis, mas conhecimento sem pratica é ignorância, dizem não conhecer a graça,
mas desfrutam dela sem ao menos se importarem com ela, porque enquanto que a
graça é gratuita a lei é imposta, é cobrada, é exigida, é obrigada, a lei é um
jugo a graça um fardo, a lei é uma maneira de fazer com que os homens temam,
sintam medo, a graça é uma maneira de fazer também com que os homens temam, ou
seja, tenham temor, respeito e reverência...
A
lei como jugo aprisiona o homem, colocando sobre seus ombros um peso,
tornando-o um ser irresponsável, fazendo deste, ser um escravo eternamente, já
a graça como um fardo o faz carregar sobre seus ombros uma responsabilidade,
que este faz por querer ser responsável, enquanto a lei tenta moldar um caráter
a graça transforma o caráter.
A
lei do sacrifício era exigida para que os homens pudessem saber que algo ou
alguém inocente estava pagando o preço de seus erros em seus lugares, mas este
cego pelo pecado, não conseguia entender nada a este respeito. Era necessário
apresentar o sacrifício, levá-lo até ao altar, depositá-lo como uma oferta
diante do holocausto, isto significaria que você era substituído pela sua
oferta, o ofertante trocava a sua posição de ser condenado para ser livre, não
livre para pecar novamente e nem para levar outro a tomar o seu lugar, desta
forma não lhe custava nada, pois a vida oferecida não era a sua, e sim a de um
outro ser inocente que não tinha nada a ver com os seus erros, não era
participante e muito menos conivente, mas esta era a exigência da lei, que até
então para favorecer o homem mau, parecia ser justa, mas para o sacrifício
injusta.
Era
muito fácil para o ofertante ofertar a vida de outro ser inocente, pois, este o
encontrava sendo vendido as Portas do Templo, como um comércio e um escravo trancafiado,
pronto a pagar o preço pelos erros alheios, sua venda era livre, isenta de
qualquer restrição humana, seus direitos eram ditados pelas leis dos homens,
até parecia que a criação destes animais foram constituídas inclusivamente para
isso, só que não, sua existência nos ensina que nossas atitudes são totalmente
adversas, enquanto os achamos irracionais e somente parte da nossa cadeia
alimentar, na verdade são muito além de tudo isso, além de submissos, são
também mais amigos quando confiam em nós, vivem em fuga da nossa presença, pois
somos assassinos e impiedosos, enquanto que eles são somente uma parte da
criação, aos nossos olhos, nós nos achamos a criação toda, ou os únicos seres
merecedores da graça divina, mas, mau sabemos nós que, Deus os nos deu para que
possamos cuidá-los, pois se os tratarmos como Deus nos trata, com graça e não
com lei, com certeza não precisaríamos da lei e sim somente da graça, pois, se
a lei fosse manifesta como realmente precisaria ser, já estaríamos fulminados,
exterminados e varridos desta terra, mas graças a Deus pela sua infinita graça
manifestada na vida do seu único filho Jesus Cristo, que se fez ser o
verdadeiro sacrifício em nosso lugar, e que hoje desfrutamos desta maravilhosa
graça, onde não precisamos mais oferecer sacrifícios vivos, mas devemos ser o próprio
sacrifício vivo ao Senhor, para que assim a lei não tenha poderio sobre nós e
sim somente a graça, melhor é viver debaixo da graça do que da lei, pois enquanto
que a graça liberta a lei aprisiona...
Precisamos
entender os princípios lei e graça, precisamos entender o Velho Testamento como
também o Novo Testamento, pois ambos se completam em si mesmo, e nenhum seria
mais importante sem o outro, pois a vida humana esta condicionada a isto, lei e
graça, ou seja, o homem peca, se arrepende, converte-se dos seus maus caminhos,
muda suas atitudes, seus conceitos, se torna bom, isto é fruto da graça
manifesta em sua vida por intermédio da lei, pois a própria lei o levou a
refletir seus erros, através de suas punições, já a graça o fez ser convencido,
de que, não vale a pena viver debaixo de jugo, pois o jugo da lei é pesado e
árduo enquanto que o fardo da graça é leve e suave.
Quando
o homem entende este principio, deixa de ser escravo para ser livre, deixa de
ser néscio para ser sábio, deixa de ser mal para ser bom, suas atitudes mudam
como da água para o vinho, embora as coisas do passado da sua vida fossem
importantes como a água, as coisas do presente se tornam ainda mais
importantes, pois agora como vinho, foi acrescentado algo a mais na sua vida,
algo que jamais havia experimentado, algo jamais visto, algo que irá
revolucionar suas atitudes e pensamentos para o bem e jamais para o mau, pois
da água pode se fazer o melhor vinho, mas do vinho jamais ira se fazer a melhor
água, se o Senhor não intervir, do vinho iremos fazer cada vez mais o melhor
vinho, pois com o passar dos anos quanto mais velho for o vinho mais precioso
ele se torna, mais tenro ele será e o seu valor com o passar dos anos será
estimável, reconhecido, apreciado, degustado, até mesmo como o melhor dentre
todos os vinhos.
Por
isso é preciso colocar o vinho novo em odres novos, pois, se for armazenado em odre
velho este se rompe, não suporta, não supera, não aguenta, é preciso haver uma
renovação, uma restauração na vida da pessoa, esta é a razão de ser preciso
passar pela lei, pois a lei é a antecedência da graça, a lei de Deus foi
cumprida, para que a graça fosse manifesta, mas ainda existe um tipo de lei, a
dos homens, esta lei que eles mesmo instituíram, criaram e manifestaram a seu
bel favor, injusta, hipócrita e falha, interesseira, manipuladora e covarde,
lei esta que favorece os culpados e condena os inocentes, lei esta regida por
homens comuns que a seu favor aplicam para se beneficiarem, esta lei pode até
nos condenar nesta terra, mas com certeza seremos absolvidos lá no céu.
Estas
duas instituições, lei e graça são de suma importância para nossas vidas como
já foi dito, a lei embora sendo imposta, repreensiva e árdua, não leva o
infrator ao arrependimento, pode fazer com que este se arrependa e deixe de
cometer alguns delitos, mas não pode mudar aquilo que esta em seu interior, seu
caráter, pode convencer, mas não converter, já a graça totalmente ao contrario
da lei que não é imposta, nem repreensiva e muito menos árdua, esta leva sim o
infrator ao mais puro e genuíno arrependimento desde que, este esteja disposto
a mudar de vida, pois embora a lei não o obrigue a nada, pelo contrario ela o constrange,
pois pela virtude do Espírito Santo, o infrator é levado a refletir e a meditar
sobre seus erros, sendo convencido, automaticamente começará a desfrutar de uma
novidade de vida, as coisas velhas serão passadas e eis que tudo se fará novo.
Entre
a lei e a graça também existe outra questão, pois seria muito simples a lei ou
a graça existirem somente, e nós sermos simplesmente julgados e absolvidos,
quem sabe até deixarmos decisões entre isto lei e graça, quando não uma, outra,
mas na verdade não poderia isto, ou seja, a questão de nossos erros serem
simplesmente decididos entre a lei e a graça, pois se um lado esta a lei do
outro esta a graça, e entre meio nós, somos o centro desta decisão, ou o
problema, ou o caso de tudo isto ter que existir, pelo simples fato de que o
pecado que nos leva ao erro e o erro que nos leva a sermos infratores,
violentos, sem misericórdia, se dá ao fato de que em nós habita algo, e este
algo é mau, é ruim, esta dentro do nosso ser e nos leva a muitas das vezes a agirmos
de uma forma errada, muitas vezes incontrolável e sem domínio próprio,
simplesmente pelo fato de que em nós falta algo muito importante, falta Deus,
falta à presença de Deus...
O PECADO QUE HABITA
EM MIM...
Estas
eram as palavras que soavam da boca do Apostolo Paulo; De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que
habita em mim. Romanos
7:17
Paulo
esta nos dizendo nestas palavras que os seus erros cometidos, não eram frutos
de suas atitudes e sim do pecado que estava nele, do pecado que fazia morada,
que habitava nele, pois o mesmo Paulo dizia que o que queria fazer não fazia e
o que não queria fazer isto sim fazia, havia uma luta em seu interior, entre a
sua carne e o seu espírito, onde um se opunha contra o outro, Paulo esta nos
dizendo o seguinte; que o que ele era não era o que ele queria ser.
O
Apostolo então nos mostra algo simples e básico, comum e complicado, difícil e
árduo, algo que se formos observar o modo de vida de Paulo ficaremos pensando,
como que um homem tão ousado e usado tem estas dificuldades, como que um homem
que quando tomavam suas vestes e levavam aos enfermos e possessos, estes eram
curados e libertos, como pode alguém ser tão usado por Deus falar estas
palavras, confessar suas fraquezas e compartilhar suas falhas, pois então
imagine se Paulo era assim, como então sou eu, não chego aos seus pés em nada,
não tenho tantos requisitos bons assim como Paulo tinha, e da mesma maneira sei
que o pecado habita em mim, sei que lá no fundo, no porão da minha alma ele se
esconde, sei que o que quero fazer isso eu não faço e o que não quero faço, sei
que há uma luta em meu interior também, sei que o que eu sou não é o que eu
queria ser.
O
pecado é devastador, é como uma erva daninha que se alastra, que contagia e contamina,
uma praga que pode trazer danos irreparáveis na vida das pessoas, o pecado não
mede esforços para destruir quem quer que seja, não perdoa nem os fracos e
indefesos, muito menos os grandes e pequenos, o pecado é como uma doença
contagiosa, de um pode passar para o outro, de maneira menos observada até a
maneira mais explicita, pode ser cometido inconscientemente como também
conscientemente, propositalmente ou acidentalmente, o pecado é algo impossível
de não ser cometido, pode ser impedido, mas não anulado, dependendo do tipo de
pecado, pois são vários os tipos, alguns podem ser detectados imediatamente,
outros não, os pecados denominados maiores são os mais fáceis de serem
impedidos, mas, isto não significa que não poderão ser cometidos, pois, depende
de pessoa para pessoa, depende entre escolher fazer-lo ou não, isto se falando
dos que são possíveis de serem detectados, pois os que não são, estes se tornam
mais difíceis ainda, num minuto de bobeira pode-se vacilar.
Mas
entre isto, lei, graça e o pecado que habita em mim, pois o que podemos entender,
é que entre estas duas instituições encontramo-nos no meio, ou senão no centro,
pois se a lei existe é porque o pecado existe, e da mesma maneira de a lei
existir, também tem de existir a graça, pois, onde abundou o pecado,
superabundou à graça, e a lei e a graça existem porque nós existimos, assim
como também existe o pecado porque nós existimos, nós o cultivamos, fazemos com
que ele se multiplique com que nos contamine uns aos outros, é uma cadeia em
decadência, estamos girando numa bola de neve onde a tendência é a de cada vez
mais o volume desta bola aumentar ou se tornar incontrolável, passando por cima
e destruindo tudo, é impossível ser impecável, no sentido de não pecar, embora
existam pessoas que se acham, que se denominam e se revistam de santidade, o
pecado faz parte da nossa natureza humana, carnal e decaída, por mais que o
pecado seja involuntário, ou não premeditado, é impossível não pecar, pois
aquele que diz; não cometer pecado algum, já esta pecando.
O
pecado faz morada em nós, e esta habituado com nossas atitudes, que até mesmo
sendo boas, se tornam em más, pois coisa impossível é agradar alguém, tanto o
querer no sentido de querer mesmo, de se fazer, quanto no sentido de querer, no
de agradar, ou até mesmo no sentido de fazer sem se importar com o que vão
pensar, pois estas coisas não dependem exclusivamente de nós e sim de um todo,
como por exemplo, daquele que o recebe, porque fazer o mal é fácil, difícil é
praticar o bem, para o mal tudo é ladeira abaixo, já para o bem tudo é ladeira
acima, para o mal tudo coopera, e sabemos que
todas as coisas concorrem para o bem
daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados segundo o seu propósito, porque os que foram chamados
e amam a Deus com certeza procuram fazer o bem e jamais o mal...
Bom
é também lembrarmos que o pecado pode habitar em nós, mas, não será maior do
que a graça que esta sobre nós, pois, Deus quer o nosso bem e jamais o nosso
mal...
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